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sábado, 3 de outubro de 2009

Novas Tecnologias Biodegradáveis

“Descoberto fungo que faz biodegradação de garrafas PET


Thiago Romero - 01/04/2009





Aluna da Unicamp desenvolveu processo que usa fungos para degradação das garrafas PET.[Imagem: Pleurotus sp/divulgação]

A aluna da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Kethlen Rose Inácio da Silva desenvolveu um processo para a degradação de garrafas à base de polietileno tereftalato (PET) por meio de fungos.

Fungos da degradação

O trabalho de pesquisa sobre a biodegradabilidade de polímeros sintéticos por ação de microorganismos conhecidos como "basidiomicetos de podridão branca", cultivados em resíduos agroindustriais com diferentes fermentações está condensado na tese de Mestrada da estudante.

Esses fungos têm sido objeto de diversos estudos, por conta de sua capacidade de degradação de materiais.

"Foram utilizadas duas linhagens de fungos Pleurotus sp, que são encontrados naturalmente nas matas brasileiras crescendo sobre madeiras, da qual retiram nutrientes", disse Kethlen à Agência FAPESP. "Os fungos Pleurotus sp estão também amplamente distribuídos pelo sul e pela área central da Europa e também pelo norte da África."

Biodegradação de polímeros

A bióloga utilizou uma técnica conhecida como planejamento experimental com o objetivo de chegar a uma condição adequada para a biodegradação dos polímeros. O estudo foi orientado pela professora Lúcia Regina Durrant, do Departamento de Ciências de Alimentos da FEA.

"O planejamento experimental, utilizado pela primeira vez em laboratório para esse fim, possibilitou a realização de um estudo preliminar em que foi possível avaliar a interferência de diversas variáveis no processo de biodegradação dos polímeros, como os níveis de fermentação, tempo de reação e temperatura ideal, levando assim às melhores condições para a biodegradação do PET", explicou Kethlen.

"A maioria dos pesquisadores que estuda o assunto utiliza a técnica de tentativa e erro. A utilização do planejamento experimental e a análise de fatores que poderiam interferir no processo foram o grande diferencial desse estudo", conta Kethlen, que iniciará doutoramento no Laboratório de Sistemática e Fisiologia Microbiana da Unicamp.

Biodegradação das garrafas PET

Para chegar à condição ótima para a degradação dos polímeros, ela teve que descobrir ainda detalhes sobre as atividades enzimáticas ligninolíticas dos fungos e quantificar a sua perda de massa, além de analisar as taxas de biodegradação do PET.

Segundo a bióloga, um resultado relevante do trabalho é que, dentre todas as condições estudadas, a fermentação semi-sólida foi a mais adequada para a biodegradação desses polímeros usados desde a década de 1970, especialmente em embalagens.

"Os microorganismos cresceram em condições muito semelhantes ao seu habitat natural, tornando-os capazes de produzir enzimas e metabólitos que não seriam produzidos em outros tipos de fermentação", explicou.

Fungos comedores de plástico

Foram realizados mais de 600 ensaios para verificar a interferência dos fungos na biodegradação dos polímeros. "A fermentação semi-sólida apresentou bons resultados durante a maioria dos ensaios estudados, com expressiva produção de enzimas lignocelulolíticas e de biosurfactantes, além de alterações na estrutura e na viscosidade dos polímeros", apontou.

"Além disso, as duas linhagens lignocelulolíticas utilizadas no estudo demonstraram ter capacidade de se desenvolver em meios contendo fontes de carbono sintético e de difícil degradação", disse Kethlen. As duas linhagens fúngicas de Pleurotus sp foram cultivadas juntamente com polímeros de garrafa PET sob fermentação semi-sólida e incubados em estufa a 30 ºC durante até 90 dias.

O problema das garrafas PET

Os resultados do trabalho de pesquisa representam nova contribuição para problemas envolvendo o PET, uma vez que sua reciclagem demanda grande consumo de água e energia, além de promover a geração de resíduos sólidos, emissões atmosféricas e efluentes líquidos.

"Estudamos uma nova metodologia em laboratório e conseguimos definir uma condição adequada para a biodegradação das garrafas PET, que, quando depositadas no ambiente, entopem os sistemas de coleta de esgoto gerando inundações locais, além de apresentar riscos pela queima indevida que resulta em emanações tóxicas na atmosfera", disse Kethlen.

"É importante destacar que outros estudos são necessários para atestar a eficiência desse processo que acaba de ser desenvolvido", destacou. A bióloga ressalta que na cidade de São Paulo os plásticos são o segundo elemento mais encontrado no lixo, correspondendo a cerca de 23% do peso total dos resíduos encaminhados para os aterros sanitários, parcela importante considerando-se que o plástico é um elemento leve e de grande volume.”



Notícia retirada do site: http://www.inovacaotecnologica.com.br , no dia 3 de outubro de 2009.

Desde o começo desse projeto desenvolvido no Colégio Santa Inês o nosso grupo está sempre ligado em notícias e acontecimento que relacionam a sustentabilidade, com a reciclagem. Em uma de nossas pesquisas na Internet encontramos essa reportagem, que, de fato, nos chamou muito a atenção. Percebemos que não somos os únicos preocupados com o futuro do nosso planeta e sabemos que com a colaboração de todos (e da ciência, é claro), conseguiremos garantir que novas “tecnologias biodegradáveis” sejam postas em prática.

6 comentários:

  1. Esta é uma prova de que se procurarmos meios favoráveis ao meio ambiente, encontraremos. Nem tudo está perdido!

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  2. Realmente é muito bom ver que há mais pessoas como nós que se preocupam com os problemas ambientais e que tentam achar soluções para eles. Achei boa a postagem, pois mostra algo que muita gente desconhece e que tem que ser divulgado. Serve como exemplo para outras pessoas continuarem cuidando do meio ambiente e tentando achar formas de salvar o nosso planeta. Continuem procurando notícias e reportagens, pois é muito bom levar as pessoas estas informações, que servem de exemplo e alerta. Beijos, Natália T. - 2A

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  3. Parabens pela postagem. Concordo com vocês que o ser humano tem condições de produzir antídotos contra os males da industrialização descontrolada. O que vocês acham de montar uma experieência prática com esse fungo nos laboratorios do santa?
    Gerardo

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  4. É verdade, não estamos sozinhos nessa luta pelo bem do nosso planeta! Essa reportagem nos lembrou muito um post que lemos no blog de outros colegas, que tinha como foco o uso de minhocas para decompor parte do lixo doméstico. Creio que esses meios alternativos e inovadores devem ser SIM levados a sério, e podem fazer a diferença se bem utilizados. Muitos não dão bola, pensam que não há como consertar nosso mundo, mas as ideias da minoria sao as que às vezes fazem grande diferença.
    Parabéns pelo blog!

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  5. Como a natureza é sábia. As vezes nos perguntamos se existem leis que regem o universo e se queremos provas disso temos um grande exemplo de uma delas no post acima. Nossa produção exorbitante de resíduos pode ser solucianada por simples seres microscópicos! Fascinante!

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  6. é bem isso "galerinha", a solução do nosso planeta na verade está na nossa frente

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